A crise financeira/orçamentária da UEPB foi o tema central do debate promovido ontem de manhã (23/08), pela Comissão de Mobilização e a Diretoria da Associação dos Docentes da UEPB – ADUEPB, no Campus II, em Lagoa Seca. A iniciativa cumpre as deliberações da última assembleia dos professores.
Após o debate, os participantes decidiram retirar como encaminhamentos a continuação das atividades de mobilização naquele campus e solicitar uma audiência pública à Câmara de Vereadores da cidade, com o objetivo de denunciar a crise da universidade e convocar a população de Lagoa Seca e região a defender a instituição e o campus.
Outro encaminhamento aprovado foi a elaboração de questionamentos a todos os candidatos ao governo do estado, sobre que propostas que eles possuem para a UEPB. A diretoria da ADUEPB informou que está agilizando esta iniciativa e já tem confirmação de participação de alguns candidatos.
Técnico-administrativos que participaram do debate ressaltaram a necessidade de uma maior integração política e de ações entre o sindicato da categoria e a ADUEPB, na defesa da universidade.
DEBATE
Na abertura do debate, o diretor da Escola Agrícola Assis Chateaubriand, José Félix de Brito Neto, alertou que a crise da UEPB é grave e que o Campus II é um dos que mais correm perigo de serem fechados, devido a sua reduzida estrutura, corpo docente e número de alunos, em relação a outros da universidade, embora possua uma grande importância social em Lagoa Seca e nas regiões do agreste e brejo.
O presidente em exercício da ADUEPB, Leonardo Soares, explicou que no conflito político administrativo em que a universidade e o governo estadual estão envolvidos, a comunidade universitária é quem está sendo penalizada.
A professora Rita Cavalcante, que participa da Comissão de Mobilização, fez uma exposição do quadro nacional de ataques e tentativas de desmontes das universidades públicas estaduais, focando também na lei de autonomia da UEPB e nas consequências de seu descumprimento pelo Governo do Estado.
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