A Comissão de Educação da Assembleia Legislativa da Paraíba pretende atuar na intensificação das negociações entre professores em greve, Reitoria da UEPB e governo do estado, na busca de soluções para a crise orçamentária e financeira da instituição e a paralisação docente.

Este foi um dos encaminhamentos apresentados pela presidenta da Comissão de Educação da ALPB, deputada Cida Ramos, na audiência pública, realizada na manhã de hoje(10/10).
A deputada também propôs uma articulação com a bancada parlamentar da Paraíba na Câmara dos Deputados e no Senado, para tentar garantir emendas no orçamento federal de 2026, com o objetivo de viabilizar obras de recuperação da infraestrutura dos campi da Universidade Estadual da Paraíba.
Debate
A audiência pública na manhã de hoje foi uma oportunidade para debater a crise orçamentária e financeira da UEPB e a greve das/os professoras/es, que lotou o plenário da Assembleia Legislativa.
A presidenta da ADUEPB, Elisabete Vale, apresentou uma exposição detalhada da crise orçamentária, de seus impactos e dos motivos da deflagração da greve docente.
Em seguida, representantes de entidades sindicais, do movimento estudantil e professoras também apresentaram sua avaliações e propostas sobre os temas da audiência.





Greve
As/os Professoras/es da UEPB estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 22/09 e há cerca de um ano as negociações estavam suspensas, de forma unilateral, pelo governo do estado.
As/os docentes da UEPB reivindicam o pagamento do retroativo das progressões de carreira, a recomposição do orçamento da universidade, com o cumprimento da Lei de Autonomia (Nº 7643/2004),a realização de novos concursos para professor efetivo, já que a universidade ainda possui um número elevado de docentes temporários (393), convocação dos aprovados no último concurso que estão no cadastro de reserva e a instalação de uma mesa de negociação para discutir as perdas salariais de 22,9%, acumuladas nos últimos 04 anos.
A dívida do retroativo das progressões de carreira das/os docentes já ultrapassa mais de R$ 75 milhões, sem uma atualização, e é referente ao período de 2018 a 2023, quando ocorreu um congelamento nas progressões de carreira por meio da lei estadual Nº 10.660/16. Em 2024, a PGE apresentou uma proposta de acordo que inclui 40% de deságio e parcelamento em 42 meses. As/os professoras/es rejeitam qualquer deságio e querem o pagamento atualizado dentro da gestão João Azevedo.
Leia mais: Governo não apresenta novas propostas para negociação com docentes em greve na UEPB
Fonte: 10/10/2025
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