O orçamento da Universidade estadual da Paraíba – UEPB para 2017 não prevê nenhum tipo de reposição salarial para os professores. A garantia foi dada pelo reitor da instituição, Rangel Júnior, durante uma audiência com a diretoria da Associação dos Docentes da UEPB – ADUEPB. A diretoria do Sindicato alertou ao gestor que a categoria não suportará mais um ano de congelamento salarial e das suas progressões de carreira.
O questionamento da diretoria da ADUEPB ao reitor surgiu depois da constatação que o orçamento do Governo do Estado para 2017, enviado a Assembleia Legislativa para análise e votação, propõe para a universidade um orçamento total de R$R 350 milhões, sendo que R$ 276 milhões seriam destinados a pagamento de pessoal, um percentual de 7,19% acima do que deverá ser executado em 2016.
A diretoria da ADUEPB já enviou ofício ao reitor pedindo um detalhamento sobre onde e como os R$ 18 milhões previstos de incremento na folha de pessoal serão gastos e também um detalhamento dos gastos da folha de pessoal prevista para ser executada até o final deste ano.
Outro questionamento da diretoria ao reitor foi a mudança no calendário acadêmico dos semestres 2016.1 e 2016.2. A entidade explicou ao reitor que a categoria sempre reivindica férias em janeiro de 30 dias e o gozo dos outros 15 dias no meio do ano. No atual calendário, as férias deste final de ano incluem o período de recesso de final de ano, o que será prejudicial para a categoria. O reitor discordou, mas aceitou discutir a reivindicação e pediu que a diretoria enviasse uma proposta para modificar o calendário.
Insalubridade
Em relação a uma solução definitiva para a demora nos pagamentos dos retroativos da insalubridade e na revisão dos critérios de pagamento do adicional de periculosidade, o reitor informou que todos os pagamentos estão suspensos, como também a análise dos novos pedidos até que a universidade realize uma auditoria em todos os processos. A investigação terá a participação de um auditor do Tribunal de Contas do Estado e de auditores externos.
Sobre a aprovação da implantação dos campi do vale do Paraíba e do Vale do Piancó no Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, a diretoria da ADUEPB questionou o reitor que antes disto ocorrer a universidade deve construir as sedes definitivas dos campi de Monteiro, Patos e João Pessoa e garantir um incremento no seu orçamento para garantir uma sustentabilidade para sua expansão.
O reitor defendeu a aprovação dos novos campi dentro PDI, justificando que a iniciativa indicava para onde a universidade deve crescer em caso de expansão e que a criação de novos campi e cursos só ocorrerá com a aprovação dos conselhos superiores da instituição.
Fonte: ADUEPB – 26/10/2016
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