ADUEPB participa de audiência sobre consequências da pandemia e cobra estado forte com investimentos em direitos essenciais

A ADUEPB participou hoje(03/08) a tarde de uma audiência pública da Comissão de Legislação Cidadã da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para debater as consequências da pandemia do coronavírus (Covid-19) para a Paraíba e o Brasil e cobrou o fortalecimento do estado com grandes investimentos em direitos essenciais para a população como saúde, educação, segurança, transporte e infraestrutura. A audiência foi coordenada pelo deputado Raniere Paulino.
O sindicato foi representado por sua presidenta, Mauriene Freitas, que chamou a atenção dos participantes e do público que acompanhou a audiência através da TV Assembleia, sobre as consequências da falta de investimentos no setor público, em especial a educação, como, por exemplo, a impossibilidade das três universidades públicas paraibanas terem contribuído de forma direta e decisiva para o plano de combate à Covid-19. “Porque as universidades não puderam, no início da pandemia, montar um laboratório para garantir a testagem em massa da população? Isso se chama desinvestimento no setor público”, explicou.
A presidente da ADUEPB lembrou que a entidade tem duras críticas aos últimos governos em relação a cortes de verbas na universidade, mas reconhece que editais de financiamento para pesquisa divulgados pela Fapesq são boas iniciativas. No entanto, não são suficientes para enfrentar a falta de investimentos em educação e tecnologia, num estado com o quinto melhor desempenho fiscal no país e um orçamento para esses setores que pode ser considerado apenas simbólico. “Não dá para gente viver tentando enxugar gelo”.


Mauriene também mostrou como a falta de investimentos públicos na UEPB irá penalizar seus milhares de estudantes oriundos da escolas pública e pertencentes a classe pobre e trabalhadora, já que para muitos o programa de assistência a inclusão digital lançado pela UEPB não será suficiente para frear o aprofundamento da desigualdade social e da exclusão da instituição, pois muitos alunos da universidade residem em zonas rurais, onde inexiste acesso à internet.
Somados a falta de investimentos na UEPB, os professores, técnico-administrativos e estudantes da instituição também enfrentam nessa pandemia, segundo Mauriene, a continuidade dos ataques à ciência e ao conhecimento, as tentativas de desvalorização do serviço público e o crescimento da violência doméstica.
Em relação às mulheres, a presidenta da ADUEPB lembrou que muitos segmentos da sociedade até reconhecem o papel fundamental delas no cuidado às crianças e idosos, mas esquecem de considerar este aspecto na formulação e implementação de muitas políticas públicas.

Fotos: Divulgação

Fonte: ADUEPB – 03/08/2020

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