O Brasil está em luta. Desde que assumiu o governo, Temer promoveu inúmeros retrocessos políticos, econômicos e sociais. A mudança na política nacional de preços para os combustíveis se insere neste contexto. O setor petrolífero foi um dos mais afetados pelas políticas de destruição do patrimônio nacional. O governo Temer ampliou a privatização do Pré -sal; reduziu a produção de diesel, o que provocou o aumento das importações, principalmente dos EUA; iniciou o processo de privatização de refinarias; e tem aumentado semanalmente o preço dos combustíveis, acompanhando a variação do preço no mercado internacional, como forma de elevar os lucros dos investidores internacionais do setor de combustíveis. Como consequência desta política desastrosa, o preço dos combustíveis atingiu um patamar inimaginável, afetando a vida de todos brasileiros. Diante desta realidade os caminhoneiros que dependem do óleo diesel decidiram fazer uma greve nacional e enfrentar o governo Temer.
Nós temos uma compreensão que por ser uma categoria sem tradição de organização politica e com pouquíssima influência de organizações do campo popular, esta greve é permeada por concepções diversas, que vão do setor grevista mais alinhados aos interesses das transportadoras, setores ultraconservadores, nacionalistas a, principalmente, brasileiros e brasileiras, que dirigem seus caminhões por milhares de quilômetros mensalmente, e querem apenas pagar um valor decente pelo litro do Diesel.
Neste cenário, apesar das contradições políticas do movimento dos caminhoneiros, nós entendemos que cabe aos movimentos sociais apoiar a greve desta categoria.
Assim, a partir desta caracterização, considerando a necessidade de fortalecer e unificar as lutas do povo contra o governo Temer, a ADUEPB torna público seu apoio à greve dos caminhoneiros. Não apenas pela redução do preço do óleo Diesel, mas para todos os combustíveis; por uma nova política de definição de preços e contra a privatização da Petrobrás e do petróleo brasileiro.
Por fim, conclamamos os movimentos sociais, as centrais sindicais e as frentes políticas a unificarmos as lutas e construirmos uma Greve Geral pela revogação das contrarreformas do governo golpista e garantia do financiamento público para a educação e saúde. Fora Temer!
Diretoria – ADUEPB
28 de maio 2018.
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