Contrariando a orientação de seis das maiores centrais sindicais, entidades e movimentos sociais, realizaram ontem de manhã (5/12), em Campina Grande, um ato público na Praça da Bandeira, contra a proposta de reforma da Previdência do Governo Temer. Muitos sindicatos e movimentos discordaram da orientação mantiveram o apoio à atividade. Cerca de 700 militantes participaram do protesto, que também pediu a revogação da Lei das Terceirizações e da Reforma Trabalhista.
Os manifestantes se concentraram na Praça da Bandeira a partir das 9h30 e o protesto se prolongou até por volta das 12h, com representantes dos sindicatos e movimentos se revezando em avaliações sobre os perigos e os prejuízos que a reforma da previdência imporá aos trabalhadores, caso seja aprovada pelo Congresso.
Representantes das entidades e movimentos criticaram o posicionamento das Centrais de suspender sua participação na Greve Nacional, e lembraram que a promessa do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de não colocar a proposta de reforma da previdência em votação não foi cumprida, pois ontem ele anunciou que ela deverá chegar ao plenário no dia 13/12.
A ADUEPB realizou a partir das 8h30 um café da manhã, em sua sede administrativa para acolher os professores e estudantes da UEPB que participaram do ato.
O presidente da entidade, Nelson Júnior, avaliou que mesmo sem a participação das Centrais, o ato em Campina Grande foi “muito positivo, pois a manifestação foi uma demonstração de resistência às ações do Governo Federal”. Ele também ressaltou que é necessário ter clareza que para a reforma da previdência ser aprovada é necessária a votação dos deputados e senadores. “Então temos de prestar atenção em como votam os parlamentares. Os nossos algozes não é o Governo Temer, são também os que apoiam a reforma no Congresso”.
O diretor tesoureiro do ANDES-SN, Amauri Fragoso, também participou do ato em Campina Grande, lembrou que mesmo contrariando a vontade das grandes centrais os trabalhadores foram para as ruas e promoveram grandes atos e protestos em todo o país. “Esperamos que antes do final deste ano consigamos construir mais uma greve geral. Se a reforma for aprovada vamos apontar os culpados: as centrais que recuaram e traíram a classe trabalhadora no momento em que precisávamos parar o país”.
Fonte: ADUFCG
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