Governo cearense não negocia e docentes da UECE e da UVA seguem em greve

Paralisação completa cinco meses na próxima semana

Os docentes da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA) completam, no início de outubro, cinco meses de greve. Eles realizaram assembleias nesta terça e quarta-feira (27 e 28), respectivamente, e decidiram manter o movimento paredista. A pauta de reivindicações é composta por pontos acordados em janeiro de 2015 e descumpridos pelo governo do estado do Ceará.
Nas últimas semanas, representantes do Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece Seção Sindical do ANDES-SN) e do Sindicato dos Docentes da UVA (Sindiuva Seção Sindical do ANDES-SN) participaram, em conjunto com representantes do governo do grupo de trabalho Salário, criado para tratar da reposição inflacionária da categoria e equiparação salarial dos docentes substitutos. O grupo concluiu os trabalhos nesta semana, gerando um relatório com todos os dados solicitados pelo governo a fim de subsidiá-lo na elaboração de nova proposta referente à pauta dos professores e que possa resultar em negociação efetiva, que coloque fim ao impasse.
A expectativa da categoria é que , com a finalização do relatório do GT Salário, o governo chame os docentes para a mesa de negociação, com propostas que atendam às reivindicações. “O relatório do GT Salário dá condições para que o governo apresente propostas não só na dimensão salarial, mas nas questões que não tratam de salário como carreira, concursos, obras, infraestrutura”, explicou o presidente do Sinduece SSind, Célio Coutinho.
As seções sindicais formalizarão, nos próximos dias, pedido ao Ministério Público, em caráter de urgência, solicitando que o MP intervenha nas negociações, convocando as partes para que cheguem a um acordo e que cobre do governo uma proposta em caráter conclusivo, afim de encerrar o conflito. Para a presidente do Sindiuva SSind, Silvia Monteiro, o governo já protelou muito. “O governo tem as informações necessárias para elaborar propostas que sejam apresentadas à categoria, e o Ministério Público deve intermediar para que na próxima mesa de negociação possamos encerrar o movimento”, ressaltou.

Fonte: ANDES-SN – 29/09/2016

Compartilhe em suas redes sociais
×