Os professores da UEPB começaram a organizar a resistência contra as portarias da Reitoria (0667/18 e 0668/18) que ajudam o Governo do Estado no seu ataque à Lei de Autonomia da instituição e a reduzir o tamanho da universidade. Várias orientações para intensificar a luta foram deliberadas na assembleia geral da categoria, realizada na terça-feira (26/06). Uma das principais é a orientação para que todas as chefias de departamento não aumentem a carga de trabalho dos docentes efetivos, com objetivo suprir a carência de professores substitutos que foram cortados para o próximo semestre. Os professores também querem discutir as medidas da Reitoria nos Conselhos Superiores da instituição.
As portarias da Reitoria prorrogarão para 2019 a entrada de mais três mil novos alunos da instituição, proíbem a seleção e contratação de professores substitutos e reduzem o tamanho da universidade, ao tempo que suspendem a realização do concurso público para docentes e impõe uma série de cortes de gastos.
Os professores justificam a sua orientação aos chefes de departamento no fato de já possuírem uma jornada de trabalho em excessiva, muito além das 40 horas semanais e que o corte de professores substitutos agravará o problema gerado pela não realização de concursos públicos.
A orientação aos chefes de departamento é uma tentativa de forçar a Reitoria da UEPB a continuar a realizando as seleções e contratações de substitutos, pois sem estes profissionais a universidade não terá condições de receber os novos alunos que deveriam entrar no período 2018.1, no mês de agosto.
A assembleia dos professores também entendeu que as portarias impõem cortes de gastos que ajudam a política do Governo do Estado para acabar com a autonomia da universidade e a reduzir o tamanho da instituição, ao mesmo tempo em que retira a responsabilidade da gestão estadual pelo eventual fechamento de cursos ou campi, corte de vagas para estudantes e demissão de professores substitutos.
Encaminhamentos
Entre os encaminhamentos também deliberados estão a criação de uma Comissão de Mobilização, para ajudar a diretoria da ADUEPB a realizar as tarefas definidas pela assembleia; a tentativa de pautar nos Conselhos Superiores de Ensino e Pesquisa e Universitário a discussão das portarias do reitor e a realização de uma grande campanha de mídia para denunciar as tentativas de redução da universidade por parte do Governo do Estado e a postura da Reitoria diante do ataque à instituição.
Uma nova assembleia da ADUEPB está prevista para ocorrer no início do próximo semestre, em agosto, após a promoção de reuniões em todos os campi fora de sede. Uma assembleia conjunta com técnicos e estudantes também deverá ser organizada após a retomada das aulas.
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