Até quando iremos permitir que a manipulação divida a nossa categoria?

A ADUEPB vem a público restabelecer a verdade sobre a sua suposta participação na renúncia do passivo do duodécimo (2017) para compor o acordo das progressões funcionais, mantendo o compromisso com a categoria e com a verdade dos fatos
Qualquer movimento grevista é por si contexto de polêmicas e muitas vezes de extremos em qualquer categoria, a greve docente da UEPB não poderia ser diferente.
A greve é um momento de debate, mas não podemos aceitar que factoides oriundos de docentes mal-intencionados usem o movimento para dividir a categoria de forma irresponsável. .
É livre e salutar a possibilidade de qualquer integrante da comunidade avaliar movimento e seu impacto no funcionamento da instituição, todavia é inadmissível e inaceitável qualquer tipo de manifestação irresponsável que em si contenha mentiras, calúnia e uma evidente intenção de provocar descredibilidade.
E mais uma vez estamos nós nos dirigindo à comunidade acadêmica da UEPB para reestabelecer a verdade dos fatos em razão da publicação de vídeo/texto propositadamente eivado de mentiras e distorções. Assim, para dirimir mais esta tentativa de manipulação, a diretoria da ADUEPB vem a público para informar com precisão vários fatos em torno do acordo firmado entre a reitoria e o governo do estado sobre o pagamento do retroativo das progressões de carreira.
A decisão foi soberana – A ADUEPB por mais de 2 anos negociou incansavelmente com o Governo do Estado, sempre se posicionando contra a aplicação do deságio nos valores dos retroativos das progressões funcionais. A assembleia docente decidiu pela aceitação da proposta apresentada pelo Governo e a deliberação da categoria foi levada pela ADUEPB à mesa de negociação para informar a posição da categoria – mesmo mantendo críticas ao modelo apresentado pelo governo para quitar o passivo das progressões funcionais, mantendo sua posição contrária. O sindicato fez por respeitar a democracia e a vontade da categoria, principalmente por trata-se do direito personalíssimo de cada professor de dispor do retroativo, aderindo ou não ao acordo de forma individual.
O Sindicato não assina o acordo – O Sindicato não é parte no acordo firmado entre a Reitoria e o Estado, visto que não figurou no processo judicial que deu base para tal. Apenas o Estado e a UEPB possuíam legitimidade jurídica para firmar o referido acordo judicial, por se tratar de um ajuste entre as partes que já estavam presentes nos autos do processo. Como a ADUEPB nunca fez parte desse processo, legalmente não poderia jamais assinar o acordo estabelecido exclusivamente entre o Estado e a UEPB. A participação da ADUEPB só seria possível caso o acordo ocorresse no âmbito da ação judicial coletiva de progressão proposta pelo Sindicato, o que não se deu. Desta forma, elucidamos que o pagamento aos docentes, referente a este acordo, será efetivado entre o Estado e a UEPB, cabendo única e exclusivamente à gestão da universidade a condução desse processo.
A ADUEPB não poderia decidir sobre renúncia do duodécimo – A ADUEPB não poderia jamais do ponto de vista legal decidir sobre renúncia do duodécimo – O acordo judicial sobre esta renúncia se deu nos autos do processo entre a UEPB e o Governo do Estado, onde sequer o sindicato foi chamado a intervir em nenhum momento como parte interessada. É na verdade difamatória a afirmação de que a ADUEPB e a sua assessoria jurídica tenham compactuado com o acordo que extinguiu o processo do duodécimo, decisão esta de competência legal exclusiva da Reitoria da UEPB. Esta declaração caluniosa visa única e exclusivamente comprometer a capacidade institucional de representação da ADUEPB fragilizando a categoria docente como um todo.
Fake News dos duodécimos: É mentira que o valor dos duodécimos quitaria tudo. Apenas o montante dos retroativos dos docentes ativos, sem atualização, ultrapassava os R$ 70 milhões, enquanto o valor atualizado da ação dos duodécimos — em consonância com os parâmetros estabelecidos na decisão judicial — chegaria a cerca de R$ 45 milhões.  Somem-se a esse passivo os valores devidos aos técnicos e àqueles docentes que se aposentaram entre 2018 e 2023. A conta não fecha.
A Luta judicial continua: A ação judicial da ADUEPB para cobrar os valores integrais segue tramitando. Quem não aceitar o acordo individual terá todo o apoio jurídico do sindicato para seguir na justiça.
O que está por trás dos ataques à ADUEPB? É fraudando os fatos, fazendo discursos oportunistas e caluniosos com vistas a ganhos políticos e difamando o sindicato que se constrói a luta coletiva? Seria esta uma prática que serve para dar guarida a interesses individuais de quem utiliza uma causa justa como trampolim político?

No mais, a ADUEPB continuará na luta pelo direito dos docentes, inclusive com a continuidade da ação judicial coletiva e a disponibilização da assessoria jurídica do sindicato a todas/os as/os professoras/es que não aceitarem o acordo individual e queiram judicializar a cobrança dos valores das progressões funcionais.
Diante do exposto, declaramos o nosso incondicional repúdio à prática irresponsável, maldosa, caluniosa do professor mitômano e iremos recorrer às medidas legais cabíveis contra a tais práticas ultrajantes.
Por fim, reiteramos nosso compromisso inabalável com a ética, a democracia e os direitos, e continuaremos na luta porque a UEPB vale a pena.

Campina Grande, 20 de dezembro de 2025

ADUEPB
Diretoria 2025-2027

Compartilhe em suas redes sociais
×