Na última quarta-feira, 17, o ANDES-Sindicato Nacional e a Fasubra Sindical participaram de uma reunião com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para conhecer o posicionamento da entidade sobre o projeto “Future-se”.
O programa foi apresentado para reitores de diversas instituições de ensino superior (IES) e dos institutos federais (IF) de todo o país na terça-feira, 16, pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub e, de acordo com a pasta, o objetivo é o de ampliar a captação de recursos privados para instituições de ensino. Depois da reunião, os reitores avaliaram o cenário e as próximas ações frente ao projeto “Future-se”.
A secretária-geral do ANDES-SN, Eblin Farage, explica que a reunião com a Andifes foi importante para escutar o posicionamento da instituição diante de mais um ataque à educação pública, gratuita e de qualidade. Entretanto, segundo ela, é necessário um posicionamento mais ágil e incisivo da Andifes ao programa. “Não há o que ser negociado nesse projeto. Ele tem que ser barrado no seu conjunto, pois destrói o sentido público e altera a forma de gestão da universidade. Além disso, ataca a autonomia, em especial, ao que se refere à produção do conhecimento, que ficará subordinada aos interesses dos investidores”, analisou a docente.
O presidente da Andifes, Reinaldo Centoducatte, apontou que, após a proposta apresentada no encontro com o ministro, a Associação vai solicitar aos reitores para que criem grupos de trabalhos para discutir o projeto nas IES. Ele afirmou que cada instituição tem autonomia para tomar a decisão própria e convidou o ministro da Educação para a próxima reunião do pleno da Andifes, para que os representantes da entidade possam apresentar à Weintraub quais os impactos da proposta na gratuidade do ensino, carreira e orçamento, entre outros.
Repressão
Na terça-feira (16), durante a reunião entre o ministro e os reitores das universidades públicas, docentes e estudantes foram até a porta do ministério fazer panfletagem e protestar contra o programa “Future-se”. Policiais militares reprimiram a manifestação com agressões e spray de pimenta. Após a apresentação no MEC, reitores foram até a sede da Andifes avaliar o projeto.
Fonte: ANDES-SN – Publicado em 18 de Julho de 2019 às 16h08
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