O ano de 2018 se encerra com uma importante derrota para a classe trabalhadora no Brasil. Em mais um ano eleitoral, os/as trabalhadores/as, a partir de suas entidades e organizações, não foram capazes de construir um projeto alternativo que de fato defendesse, de forma intransigente, os seus direitos. O pleito eleitoral deu, nas urnas, a vitória à extrema direita, não apenas para o comando geral do país, mas também na composição da maior parte do legislativo (federal e estaduais), com o crescimento da bancada BBB (boi, bala e bíblia).
Mesmo antes de tomar posse, tanto o presidente eleito Jair Bolsonaro, como alguns/algumas governadores/as e deputados/as, já anunciaram a linha de atuação, baseada na repressão, no domínio do Estado por alguns preceitos religiosos e a responsabilização das políticas públicas e do funcionalismo público pela corrupção e sobrecarga financeira do Estado. Sabemos, desde muito tempo, que essas são “desculpas” da extrema direita para promover uma profunda contrarreforma do Estado, intensificando as privatizações, vendendo o bem público a serviço do capital e Um ano de resistência e muitas lutas se anuncia transformando direitos em mercadorias.
A isso, no caso brasileiro, agrega-se uma forte tendência conservadora, de cariz protofascista, que se expressa nos projetos escola sem partido, na perseguição de militantes de direitos humanos, na criminalização de movimentos sociais e ativistas políticos, no assassinato de homens e mulheres que lutam pela vida digna para todos/as, em suma, na militarização da vida e das relações sociais. Mesmo antes de tomar posse, tanto o presidente eleito Jair Bolsonaro, como alguns/algumas governadores/as e deputados/as, já anunciaram a linha de atuação, baseada na repressão, no domínio do Estado por alguns preceitos religiosos e a responsabilização das políticas públicas e do funcionalismo público pela corrupção e sobrecarga financeira do Estado. Sabemos que no governo que se avizinha, como já amplamente divulgado, o funcionalismo público e as Universidades, os Institutos Federais e os CEFET, vão estar no centro da tentativa de desmonte e privatização. Por isso, nesse momento especial de nossa história, em que o projeto de extrema direita chega ao poder pelo voto popular, nossos desafios são ainda maiores.
Nossa tarefa central, em ampla articulação com outras categorias do funcionalismo público, movimentos sociais e populares, estudantil e sindical, para o próximo período, deverá ser o de aglutinar forças para resistir ao conservadorismo, à privatização, à cobrança de mensalidade na educação pública, aos projetos escola sem partido, à criminalização dos que lutam. Ao mesmo tempo, buscar formas de nos fortalecer enquanto categoria essencial para construção do pensamento crítico, preservando nossas instituições de ensino e defendendo nossa entidade.
Todos/as os/as professores/as são conclamados a intensificar a organização e a mobilização na defesa da vida, da educação, da saúde e da previdência pública e lutar pelas liberdades democráticas e pela revogação de todas as contrarreformas que retiraram direitos dos/as trabalhadores/as.
Lutar, ousar, resistir! Resistir para Existir! Resistir para avançar na construção do poder popular!
Fonte: ANDES-SN – 22/12/2018
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